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44% apoiam total ou parcialmente reforma da Previdência



RN

De acordo com uma pesquisa do Ibope, contratada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), a reforma da Previdência é apoiada – total ou parcialmente – por 44% da população. Destes, 25% se dizem parcialmente e 19% totalmente a favor. Outros 49% são contrários ao texto e 7% não souberam responder. 

A pesquisa foi a campo entre 23 e 27 de maio e soma 2.002 entrevistas, com margem de erro de 2 pontos porcentuais para baixo ou para cima. O levantamento tem abrangência nacional e escutou pessoas de capitais, periferia e interior. 

O Ibope mostra que a maior parte dos entrevistados, 82% do total, acredita que é necessário fazer algum esforço para garantir a aposentadoria das gerações futuras. A maior parte, contudo, 58% do total, diz que aceita que as regras mudem desde que isso crie um ambiente de taxas de juros mais baixas, menor inflação e mais emprego. Outros 37% não aceitam novas regras nem mesmo sob as condições acima. 

A percepção de que uma melhor condição de juros, inflação e emprego pode ser uma boa troca para as mudanças nas regras previdenciárias é mais forte entre evangélicos (58%) e brancos (61%). Entre católicos e entre pretos e pardos, o porcentual de quem concorda com a afirmação acima é de 55%, em ambos os casos 

A maior parte dos brasileiros acredita que a economia proveniente de uma reforma da Previdência deve ser investida em áreas-chave como saúde, educação, transporte e obras. 

A percepção de que os recursos devem ser utilizados para pagar aposentadorias é mais forte entre os mais velhos, acima dos 45 anos, e no Sul e Sudeste. Mesmo assim, a percepção que prevalece em todas as faixas é a de que o dinheiro deve ser direcionado para saúde, educação e transporte. 

Pontos específicos 

O levantamento mostra ainda que a fixação de alguma idade mínima é aceita por 75% dos entrevistados. O patamar sugerido pelo governo, de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, é apoiado por 62% e 61% dos brasileiros, respectivamente. Já a capitalização divide o público ouvido: 45% dos entrevistados são favoráveis, enquanto 46% preferem seguir no regime de repartição 

Em relação às aposentadorias especiais, a pesquisa mostra que 51% dos entrevistados concordam que professores parem de trabalhar mais cedo. A proposta de que seja fixada uma idade mínima de 60 anos, contudo, tem aceitação de 58% dos brasileiros, segundo a pesquisa. 

O levantamento mostra ainda que a maior parte dos entrevistados, 79%, quer que políticos, servidores e trabalhadores da iniciativa privada tenham as mesmas regras de aposentadoria. Outros 18% creem que as carreiras podem ter formatos diferentes para se aposentar. Essa percepção é forte em todas as faixas etárias e regiões do país, mas tem destaque principalmente no Sudeste (84%), entre homens (81%), com mais de cinco salários (86%) e na faixa etária entre 25 e 44 anos (81%). 

No recorte por região, a pesquisa mostra que a principal resistência à reforma se encontra no Nordeste. É a região que tem taxa de rejeição superior à de aceitação.


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