Se a campanha eleitoral começa apenas em 16 de agosto, o cenário já está mais do que movimentado com o anúncio de diversas pré-candidaturas para o pleito de outubro. Entre candidatos consagrados, políticos experientes e marinheiros de primeira viagem, vários nomes da região têm apresentado a possibilidade de candidatura nas últimas semanas.
FERNANDÓPOLIS
Cidade que clamava por representatividade na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, Fernandópolis terá além de Fausto Pinato (Progressistas) e Gilmar Gimenes (PSDB), que irão em busca da reeleição, mais três candidatos de olho em assentos nos legislativos federal e estadual. Cabo Santos, Cidinho do Paraíso e Hugo Rener já indicaram suas pretensões.
Enquanto o nome de Pinato é certo para o pleito federal, Gimenes ainda deixa em aberto suas possibilidades. A falta de nomes do PSDB na região para a vaga de deputado federal pode colocar o tucano na mesma linha de frente de Pinato. Por outro lado, o progressista tem feito articulações para dobrar com o votuporanguense Carlão Pignatari (PSDB) e com Itamar Borges (MDB), o que indica possibilidade de confronto com Gimenes tanto de forma direta, caso ambos concorram ao cargo de deputado federal, como de maneira indireta, caso a tendência se confirme e o peessedebista busque a reeleição, o que é mais provável.
Outros nomes como Luiz Carlos Motta (PR) e Rodrigo Garcia (DEM), caso seja candidato a deputado, devem ter votos na cidade no pleito federal, embora Garcia esteja apunhalado com Pinato e tem reais possibilidades de ser vice de Márcio França ou candidato ao Senado. Na briga por uma cadeira na Assembleia Legislativa, figuras sempre presentes como Analice Fernandes (PSDB) e outros com fortes articulações recentes como Cauê Macris (PSDB), que também pleiteia ir para a disputa pelo Senado, devem incomodar as "pratas da casa".
JALES
Se em Fernandópolis o problema da falta de deputados foi sanado nas últimas eleições, em Jales o problema tem perdurado por muito tempo. Aproveitando a falta de nomes fortes no cenário local, quatro lideranças se propuseram a preencher esse vazio. Edson Sakashita, Luís Henrique Moreira, Betto Mariano e Luiz Henrique de Oliveira anunciaram suas pré-candidaturas recentemente.
Mesmo com a presença de nomes locais, os estaduais Analice Fernandes, Carlão Pignatari e Itamar Borges devem levar a maior quantidade de votos dos jalesenses. Com a ausência confirmada de Edinho Araújo e a alta possibilidade que Rodrigo Garcia também não se candidate, o caminho para a disputa federal está aberta na cidade.
MERIDIANO
Na cidade vizinha a Fernandópolis, o químico Ricardo Moura apresentou sua candidatura pelo PRP.
VOTUPORANGA
Acostumada a trabalhar os nomes de Carlão Pignatari para estadual e João Dado (SD) para federal, Votuporanga deve pela primeira vez em muito tempo não ter um candidato que seja unanimidade na disputa federal. Depois de ficar de fora em 2014, Dado se tornou prefeito e não abrirá mão do cargo. Aproveitando a ausência de nomes fortes localmente, o ex-prefeito Júnior Marão trabalhará o nome de Floriano Pesaro (PSDB), ex-secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo. Se em Fernandópolis Pinato trabalhará o nome de Pignatari, em Votuporanga o favor deve ser retribuído, com o fernandopolense na expectativa de fazer votação recorde no município "rival".
Com todo esse cenário as pré-candidaturas de Carlos Saran e Rafael Silva , ambos do PRP, deve vislumbrar mais a afirmação para o cenário local em 2020 do que ter pretensões reais de vitória nas eleições de outubro.
