Sociedade

São Paulo faz campanha para acolher imigrantes



Ag. Brasil

O governo de São Paulo lançou hoje (25) a campanha Imigrante, São Paulo te Acolhe para conscientizar a população sobre a recepção de imigrantes e refugiados que chegam ao país. As mensagens em vídeo e cartazes serão veiculadas pela mídia, redes sociais e lugares de grande circulação, como estações de metrô, terminais rodoviários e aeroportos. Além de apresentar os serviços disponíveis para os estrangeiros que chegam ao estado de São Paulo, também serão feitos alertas sobre a xenofobia.

"Realizaremos um trabalho de orientação sobre acolhimento e proteção”, disse o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Mascaretti,  sobre os objetivos da campanha. “Mais do que acolher, nós temos que proteger, encaminhar as pessoas para emprego, com possibilidade de ter ascensão pessoal e profissional”.

Exames médicos e limpeza de pele
Durante o lançamento da campanha, o Centro de Integração e Cidadania do Imigrante (CIC), na Santa Cecília, região central da capital paulista, ofereceu exames oftalmológicos, hipertensão arterial e diabetes. Foram disponibilizados também procedimentos estéticos, como limpeza de pele e corte de cabelo.

O boliviano Carlos Huertado aproveitou a ação para checar a vista e o diabetes. “Aproveitar que é gratuito, porque às vezes sai caro”, comentou o estrangeiro que já vive há dez anos no país. Ao contrário da esposa, ele ainda pensa em, eventualmente, retornar ao país natal. “Eu vou morrer aqui [no Brasil]”, diz Emieliene Veizado, que tem quatro filhas com Carlos. Na sua trajetória pelo país, o boliviano não tem dúvidas que o obstáculo mais difícil é o idioma.

Cursos profissinalizantes
Entre os serviços oferecidos pelo CIC, está o curso de português e profissionalizantes em diversas áreas como estamparia, moda, bioconstrução e gastronomia.

Segundo Dimas Mascaretti, o governo estadual está se preparando para o fluxo global de imigrantes, principalmente os que se deslocam devido a problemas nos países de origem, como guerras, pobreza e situações climáticas extremas. O secretário citou o número do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O órgão estima que existem 70,8 milhões de refugiados no mundo.

Nesse contexto, São Paulo tem recebido muitas pessoas que deixam a Venezuela devido a grave crise econômica e política enfrentada pelo país. O Brasil já acolheu 168 mil venezuelanos ao longo dos últimos anos, disse.


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